É noite de #ContosDaBruxa 👻 com relato da Luiza!


“Quando criança, fiz amizade com a Selma e desde então passamos a nos ver diariamente, até o terceiro ano. Presenciamos alegrias e tristezas. Durante as férias, escrevíamos cartas. Conseguíamos nos comunicar por olhar, saber o que a outra estava pensando, sem trocar uma única palavra. Posso dizer que mesmo tendo outras amigas depois da Selma, nenhuma outra se comparou: ela foi, é e será sempre minha melhor amiga.

Depois da escola, ela me ajudou a arrumar meu 1º emprego. Segui em frente. Ficamos algum tempo sem nos vermos, mas nos escrevíamos. Com o passar do tempo as cartas foram rareando até pararem totalmente. Antes, porém, ela falou que estava trabalhando muito e que estava com alguns problemas de saúde, mas acreditava que podia ser por excesso de trabalho. Depois, sua saúde foi piorando. Descobriu que tinha Lúpus. Tomava remédios que a faziam inchar. Na última carta, disse que ia fazer uma cirurgia de redução de seios e estava feliz. No dia da cirurgia eu liguei e ela me contou que havia sido adiada por causa de uma pneumonia. Iria continuar internada para ser tratada, mas que assim que marcassem a cirurgia, iria me ligar. Fiquei esperando durante algumas semanas, até que veio a notícia: Selma falecera havia 15 dias.

Toda semana eu ia à igreja rezar por ela, mas não conseguia acreditar no que havia acontecido. Quando ia dormir, pensava demais nela.

Uma noite, mais ou menos um mês depois, fui deitar e minha mãe ficou vendo TV na sala. Eu estava quase dormindo, quando ouvi um “Psssiiiii…” Virei para onde vinha aquele som e abri os olhos. Vi, no escuro, um vulto com roupa cor creme, debruçada sobre mim. Com o dedo sobre os lábios, pedindo para que eu ficasse quieta, calada. Vi o cabelo castanho até o ombro. Não conseguia ver o rosto, estava “borrado”… Dei um pulo da cama até uma poltrona na sala! Eu não consegui falar uma única palavra por alguns minutos. Só conseguia apontar para o quarto. Depois do susto, contei para minha mãe e ela me disse que como erámos muito amigas e eu não conseguia acreditar no seu falecimento, ela veio pessoalmente contar.”

Que a Selma esteja em paz!

 

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Beijokas!

Autor: Rosea Bellator
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