“Venha aprender o que é e como usar a Psicometria.”
por Peregrina dos Mundos
Hoje (finalmente) vamos estudar um pouco de psicometria. Esta é uma habilidade, entre as ditas “paranormais”, que muitas pessoas não conhecem. Como comentei em meus outros artigos, a psicometria é a habilidade de conhecer informações através do toque, não usando o tato, e sim através da percepção da energia, carregada de informações. É uma habilidade um pouco difícil de desenvolver e de controlar no início, mas todos nós temos a capacidade de desenvolvê-la.
Talvez você esteja se perguntando: mas que tipo de informações podemos saber? Praticamente toda informação. Desde dados sobre o material de que é feito aquilo que tocamos, sobre como foi feito, dados de sua história, dados sobre quem interagiu ou possuiu o objeto em questão… Quando tocamos uma pessoa, a situação é bem mais complexa, pois precisaremos lidar com questões do corpo (dores e sintomas, informações sobre sua saúde, etc.) e da mente (pensamentos, emoções, traumas, conflitos…), além da história dessa pessoa, seus desejos e intenções, energias e entidades que possam estar agindo sobre ela no momento, etc.
Um fato interessante: quando não se está em um corpo físico (seja por estar “morto”, seja por estar em projeção), a psicometria e outras habilidades fluem com muito mais facilidade. As informações conseguidas via psicometria são mais precisas quando não se está no corpo. Conheço um espírito que gosta muito de ler usando este método, toca nos livros e as palavras surgem! Nós que estamos em um corpo talvez consigamos chegar a esse nível com muito treino. No geral, após algum treino o que se consegue são impressões gerais acerca do livro. De todo modo, se você estuda ou trabalha com muita leitura, vale a pena usar a psicometria no material a ser estudado antes de começar a leitura convencional, a aprendizagem se processa melhor se tivemos esse primeiro contato. Sobre a facilidade maior por parte dos espíritos, acredito que isso ocorra pela energia dos espíritos ser mais sutil que a da matéria. Aliás, essa conversa sobre energia foi abordada no meu artigo anterior aqui na Oficina das Bruxas, se você não leu, sugiro que leia antes de prosseguir com este.
Exercício prático
1- Você vai precisar de um objeto simples. Sugiro começar com algo da natureza, assim você pode praticar tranquilo, com a certeza de que dificilmente irá se deparar com energias estranhas com as quais não saberá lidar. Pode ser uma pedra ou cristal, sementes, grãos, uma plantinha ou flor, folhas secas, um graveto… De posse do seu objeto, toque-o. Use bem as palmas das mãos e não apenas os dedos, temos chackras (centros de energia) importantes nas palmas. Feche os olhos e respire fundo. Solte o ar e, com ele, coloque sua energia no objeto, com intenções abertas e de conhecimento. Pode jogar questões para o objeto (óbvio, questões pertinentes ao que está sendo tocado!). Exemplos de questões: mostre seu passado, quem te tocou pela última vez, mostre o lugar de onde veio… Inspire. Enquanto o ar entra, visualize a energia voltando do objeto entrando pelas suas mãos e subindo pelos braços até chegar à cabeça. Talvez no início você precise de várias respirações até que a energia chegue. Não faz mal, é uma técnica difícil de se conseguir realizar com precisão nas primeiras tentativas. Fique atento ao que percebe. Algumas pessoas têm mais facilidade de perceber as informações claras na mente, como ideias e conceitos. Outras “sentem” as informações no corpo, na forma de sensações (isso fica muito claro quando se usa a psicometria em pessoas). Outras, ainda, recebem as informações em forma de visões, de frases que se escuta, etc. Deixe a mente livre e aberta. E não se cobre tanto, nem todos conseguem nas primeiras tentativas, por isso é preciso praticar sempre.
2- Sugiro fazer este só depois de já ter tentado o anterior algumas vezes. Você vai precisar de um objeto seu de uso pessoal (algo que tenha muito da sua energia – evite símbolos como pingentes de pentagrama, pois além da nossa própria energia, eles carregam seus próprios significados, que podem interferir no exercício. Prefira algo como um anel simples, um relógio, prendedor de cabelo, uma peça de roupa, enfim, algo que esteja com frequência em contato com você). Coloque o objeto numa caixinha para que ninguém saiba o que é. Agora arrume um colega de confiança para fazer o exercício com você, e peça-lhe para fazer o mesmo com algum objeto dele. Troquem de caixinhas e tenham papel e lápis em mãos! Agora use a psicometria na caixinha do seu colega e anote tudo o que ver, perceber, sentir, etc. A ideia aqui não é tentar adivinhar o que tem dentro da caixa, mas sim usar a psicometria de forma mais sutil, percebendo informações, que podem ser a respeito do objeto, de algo que aconteceu próximo a ele ou de seu dono. No fim da experiência, contem um ao outro o que viram e sentiram, o que perceberam… Este exercício é interessante para verificar a precisão com que as informações são percebidas.
Orientações gerais para o uso da psicometria
– Tenha um fio condutor, uma intenção clara. O que você quer ver? Mantenha um foco. Geralmente o foco é descobrir se há algo de errado com a pessoa ou o que for que estejamos psicometrando, e, caso haja, o que. Nesse sentido, se faz uma espécie de “diagnóstico energético”.
– As informações vêm. Segure a ansiedade, isso só atrapalha tudo. Não se reprima nem se cobre demais, apenas relaxe e deixe a mente aberta.
– A psicometria é feita sempre assim: toque, jogue sua energia mantendo um foco, tenha a mente livre e pegue de volta sua energia, que virá carregada de informações.
– Mantenha seus conteúdos (ideias, pensamentos, lembranças, emoções, sensações, etc.) bem guardados, não pense sobre nada disso enquanto usa a psicometria. Caso não haja esse controle, existe o risco de você deixar marcas energéticas no objeto ou lugar, caso esteja fazendo numa pessoa, ela pode perceber seus conteúdos de forma inconsciente (na forma de sintomas, de um mal estar, uma sensação…). Enfim, cuidado para não se expor além do necessário.
A partir do momento em que usamos a psicometria com sucesso, podemos interferir naquilo que estamos psicometrando. Nunca é demais repetir, sejam éticos! Tudo tem retorno, e mesmo que não tivesse, pense bem até onde vai o seu direito de agir sobre os outros!
Psicometria em objetos: objetos são carregados com a energia de quem os possui e/ou utiliza com frequência. É possível carregá-los com energia/informação de cura, paz, harmonia e assim por diante. O objeto precisará de recargas constante. Objetos de prata, assim como pedras e cristais são fantásticos para este objetivo. Sim, também dá para usar “para o mal”, mas lembre-se das consequências das suas escolhas.
Psicometria em pessoas: Toque a pessoa, de preferência uma pessoa que saiba o que você está prestes a fazer. Concentre-se e coloque um pouco de sua energia nela. Procure perceber o corpo, veja se existem partes com algum tipo de problema ou bloqueio. Percebo que algumas vezes, áreas com problemas (físicos ou simbólicos) estão envolvidos por uma espécie de substância escurecida. Caso encontre, você pode ajudar a pessoa removendo a parte escura. Não absorva essa energia! Apenas visualize sua energia entrando na pessoa e movimentando a energia dela. Pendule a energia da pessoa, da mesma forma que você costuma pendular a sua (veja os exercícios práticos do texto anterior). Fazendo isso, aos poucos a energia se equilibra. Talvez ela precise também de banhos de purificação e energização. Usando a psicometria, ainda é possível saber sobre o estado mental e emocional da pessoa, bem como acessar lembranças e planos. Além disso, através da psicometria se pode colocar ou remover objetos não físicos na pessoa (falaremos sobre isso no final do artigo).
Psicometria em espíritos: Só dá para fazer se você puder tocá-lo, é claro. Proceda da mesma forma que faz com pessoas “vivas”. Claro, não terá um corpo físico para examinar… Mas terá um corpo astral, uma infinidade de memórias, planos, ideias e sentimentos como com qualquer outra pessoa. Como eu disse, eles têm uma facilidade maior que a nossa para usar habilidades como esta, por isso, não se surpreenda se de repente ele virar o jogo e começar a usar psicometria em você e a perguntar sobre aquela lembrança embaraçosa! Outra coisa que alguns deles parecem gostar de fazer é mostrar uma lembrança ao invés de apenas contar. Tocam em você e você “lembra” o que ele está te mostrando, algumas vezes de forma bem vívida. Principalmente no início, sugiro fazer apenas com espíritos de muita confiança, pois se pessoas “vivas” não têm tanta consciência deste dom, os espíritos saberão exatamente o que você está fazendo e onde está xeretando.
Psicometria em lugares: Este requer mais energia, pois lugares são maiores que pessoas e objetos. Outra vez, preserve-se, comece por lugares mais conhecidos, e de energia mais tranquila (como seu quarto, sua casa…). Sente-se e toque o chão ou uma parede. Outra vez, esvazie a mente, jogue um pouco de energia no local (com intenções) e puxe de volta. Você poderá perceber como anda a energia do local, se há bloqueios, algum espírito ou entidade no local, objetos não físicos… Se houver algum problema na casa, dá para resolver energizando o bloqueio como feito com as pessoas, removendo o objeto não físico, conversando com o espírito ou entidade (mesmo que não o veja, por aqui é possível “conversar” e saber suas intenções). Dica importante: especialmente antes das primeiras tentativas, faça uma purificação no espaço, para se proteger do contato com energias que você talvez ainda não saiba como lidar. Usou a psicometria e está tudo em paz? Muito bom! Você pode energizar a casa, garantindo um clima harmonioso e tranquilo, basta visualizar-se andando pelos cômodos e jogando energia carregada de informações de amor, paz, felicidade, etc., sempre com suas mãos físicas tocando uma parede ou o chão. Você pode realmente andar pela casa e jogar a energia pelas mãos físicas, conforme pegar prática e conseguir perceber os bloqueios do local sem a psicometria. Uma dica: Não se limite a ver os espaços óbvios, veja o telhado e as fundações da casa (abaixo do solo – através da visualização). Algumas vezes os objetos não físicos podem estar escondidos lá. Perguntas interessantes para usar como foco: há algum tipo de bloqueio aqui? Há algum espírito ou entidade na casa? Tem boas intenções? Há algum objeto físico carregado com energia “ruim” (de vibração pouco harmoniosa)? O que é/onde está? Há objetos não físicos na casa? A que se prestam?
Depois de usar a psicometria, principalmente no início, é normal se sentir cansado, talvez com fome ou até sonolento, dependendo do que ou de quem encontrar pela frente… Por isso, antes de começar, em especial quando for usar a psicometria em alguém ou algum lugar que você já sabe de antemão que tem problemas, visualize um círculo protetor ao seu redor, na altura do umbigo, deixe claro que nada que te faça mal poderá entrar no círculo. Ao terminar, beba um pouco de água ou um chá quente, se foi drenado e ficou com frio. Comer alguma coisa também ajuda.
Uma experiência minha. Certa vez minha casa teve problemas. Purificações e banimentos só acalmavam por alguns dias. Minha família, que sempre foi tranquila e amorosa, não parava de discutir por tudo, até por coisinhas bobas. Eu sabia que havia uma entidade na casa. Ela era forte, conseguia passar sem ser visto por mim e nem pelo espírito que vive comigo em minha casa. Uma informação que não mencionei sobre espíritos – quando sua energia é sugada em excesso, eles não só se enfraquecem como nós, mas o pior lado de sua personalidade começa a se mostrar. Acredito que isso aconteça porque nós podemos nos recuperar um pouco dormindo, comendo… eles não, principalmente os que nunca saíram do “mundo dos vivos”. Como comentei nos artigos anteriores, esse tipo de espírito precisa da energia mediada pela carne, e você, estando enfraquecida, não poderá dar toda a energia que ele precisa. Logo antigas feridas da alma começam a se abrir, surgem os medos, a agressividade que todos temos, a desesperança… Enfim, voltando para o assunto, o ambiente da casa estava muito pesado e gelado também, a energia na certa estava sendo drenada, todos estavam muito afetados, até as plantas murchavam e não “iam para frente”. Copos estouravam sozinhos, dentro do armário, inclusive durante a madrugada quando não havia ninguém na cozinha. Uma porta de vidro chegou a espatifar, sem bater e sem ter ninguém por perto. Os estilhaços chegavam muito mais longe do que normalmente acontece. A família não dormia bem, o sono de todos era agitado e com sonhos conturbados. Meu irmão, que é uma pessoa muito apegada às suas crenças cristãs, tentava orar, e por algumas horas ficava tudo bem, mas logo os problemas começavam novamente. Eu me preocupava com a família, mas principalmente com o meu pai, que havia passado por uma cirurgia cardíaca muito delicada e se recuperava, passando o dia todo na cama. Usando a psicometria, removemos alguns objetos não físicos que eram destinados a drenar a energia da casa, e já tivemos uma boa melhora. A partir dessa remoção, as orações e energizações começaram a ter um resultado melhor. Foi possível também localizar a entidade. Até hoje não sei quem era ou o que era, mas sei que não era um espírito humano. A remoção foi difícil, precisamos de muita ajuda, mas no fim saiu. Logo depois fizemos uma limpeza energética bem intensa. Quando tudo terminou, fui tomada por um grande cansaço e dormi por dezoito horas (sempre fui uma pessoa que dorme muito pouco, imaginem minha cara de choque ao acordar e perceber isso!). Os problemas se resolveram, meu pai se recuperou bem da cirurgia, “meu fantasma” também deixou de ter aquelas crises por falta de energia e voltou a ser ele mesmo, as orações do meu irmão voltaram a ajudar muito. Enfim, a vida começou a entrar nos eixos outra vez. De forma geral, é raro que coisas assim aconteçam. Por isso, uma vez que você domine essa técnica, é interessante que veja com frequência se está tudo bem em casa, sem esperar os problemas começarem a acontecer.
Vamos conversar sobre objetos não físicos, para terminar. Eles são feitos plasmando energia e colocando intenções muito claras. Também é importante visualizar uma forma para eles e dizer como deverão funcionar. Por exemplo, depois do acontecimento que contei, plasmei uma grande roda acima da minha casa, com a intenção de manter a energia em movimento, saudável e harmoniosa, funcionando como uma roda d’água. Energia estagnada é uma das maiores fontes de problemas de todo tipo! Apenas tenha os dados claros na mente e permita que a energia saia pelas palmas das mãos, transformando-se no objeto desejado e visualize-se colocando no lugar onde quer, seja em casa, no trabalho, no seu corpo…
Antes de terminar, gostaria de lembrar que somos sempre responsáveis pelas nossas ações, independente de serem “concretas” ou se agimos energeticamente. As consequências vêm da mesma forma e num momento ou em outro, teremos de lidar com elas. Por isso, pratique e use essas habilidades, mas sempre com muita responsabilidade e com consciência do que está fazendo.
Peregrina dos Mundos
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