“Na época da minha vó, lá perto da montanha, eram duas casas. Chamavam de casa da Telha Vermelha e casa da Porta Verde. Os vizinhos não se falavam por causa de uma antiga briga.”
“Acontece que, após algumas chuvas, as famílias tiveram prejuízos e precisaram se falar. Telha Vermelha tinha bons pedreiros, Porta Verde tinha boas cozinheiras. Então se ajudaram e viram que as antigas brigas tinham que ficar no passado.
Aos poucos, passaram a se falar mais… Mais… E mais. Uma das cozinheiras se apaixonou por um dos pedreiros. Ninguém era a favor, ninguém era contra. Apenas olhares desconcertados. Como quem se sentia na obrigação de liderar a situação, o chefe da família da Telha Vermelha explicou que, no passado, as famílias brigaram por causa de um assassinato. Aí, o chefe da família Porta Verde disse que ninguém ali vivo tinha culpa. Que mal tinha?
Um Telha Vermelha com uma Porta Verde. O romance floresceu. Diziam os mais velhos que, numa noite de céu avermelhado, o espírito daquele que foi assassinado não perdoaria os descendentes do assassino. Viria um espírito velho atormentar o casal.
Ninguém dizia nada contra, nem a favor. Porém, na noite de núpcias, o céu a vermelhou e o fantasma apareceu! Desesperados, pensaram em correr cada um para um lado… Mas o amor falou mais alto. O casal deu as mãos e disse que não tinham nada a ver com o passado. O fantasma se aproximou devagar, e vendo que eles não saíam, tocou na barriga da moça. Pediu para “nascer”. Estava ansioso. Não foi assassinado! Morreu dormindo, cansado, depois de um dia de trabalho. A moça disse sim e acabou.
Minha vó disse que eles foram embora dali, porque as famílias não entendiam e achavam ser o Demônio. Com o tempo, derrubaram as casas e foram embora. Aí sim, acreditam que a maldição se foi.”
E esse foi mais um e-mail, fofo/sinistro que recebo, contando casos sobrenaturais! Hohoho! Obrigada por isso!
Quer me contar sua história? Só mandar para o meu e-mail: [email protected]
Até a próxima!
Autor: Rosea Bellator
E-mail: [email protected]
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