Respira fundo e leia o relato de um professor de teatro:

“Eu tinha terminado o meu primeiro dia de trabalho no teatro municipal e fui organizar minhas coisas para ir embora.

Vi alguém entrando num dos vestiários e fui lá para pedir para ir embora. Iam fechar tudo, então né, não dava para deixar ninguém lá.

Eu tomei um baita susto quando abri a porta e vi aquele homem super alto, com uma make meio drag, se olhando no espelho. Tomei um susto porque ele tinha o pescoço todo torcido e claramente não pertencia a esse mundo. Senti meu corpo todo se arrepiar. Não consegui dizer uma palavra.

Nisso, ele nem olhou pra mim.

O cara pegou um batom e passou devagarinho, depois tirou uns pelos do bigode com pinça, aí ele alisou a careca e soltou um soluço.

Ele ainda passou um delineador nos olhos… Aí soluçou de novo e começou a chorar. Ouvi o coitado gemendo, soluçando, batendo o pé no chão com força. Aí ele vira pra mim e diz “Não somos bem-vindos aqui!”. Ele fez como quem ia vir correndo pra mim e sumiu.

Eu corri loucamente, peguei minha mochila e vim embora. Ainda sonhei com ele umas 3 vezes. Uns 3 meses depois, descobri o nome dele e que tinha morrido espancado lá no teatro. O chefe, na época, era contra gays. O chefe de hoje também é, e eu sou gay como o fantasma. Agora não tenho mais medo, só levo como aviso. Coitado do rapaz, mas é isso. Espero que ele ache paz.”

Se cuidem!

Quer me contar sua história? Só mandar para o meu e-mail: [email protected]

 

Até a próxima!

Autor: Rosea Bellator
E-mail: [email protected]
Youtube: Canal Oficina das Bruxas

 

Quer ajudar o blog a seguir com mais e mais publicações?

Vem conhecer o PADRIM << só clicar!

 

Atenção: A reprodução parcial ou total deste texto é proibida e protegida pela lei do direito autoral nº 9610 de 19 de fevereiro de 1998. Proíbe a reprodução ou divulgação com fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na internet, sem prévia consulta e aprovação do autor.