OBA OBA! Hoje tem: “Como conheci a Magia!”!

Hoje vamos conhecer a história do Marcel M.! Leia, veja que você não está sozinho! E caso ainda tenha medo da magia… pare com isso JÁ! Vamos lá?

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“Minha história é um mistura de história de filme da Sessão da Tarde com um toque de realidade nua e crua. Ela é complicada de se explicar, pois tem muitos começos, como pontas solta de um novelo de lã cor de marfim. Espero não ser tão confuso enquanto conto ela.

 

Durante TODA a minha vida (eu digo TODA, mesmo!) eu me senti estranho, sabe? Como se fora do lugar, como se eu não me encaixasse nesse mundo de hoje em dia, mas não tinha ideia do que isso se tratava. Durante o começo de minha vida, até meus 5 anos de idade, vivi na cidade Santo André em São Paulo com meus pais e meus avós paternos. Ao, 7 anos, meu avô, que era um homem que bebia e fumava muito, veio a falecer e é bem ai que as coisas começaram a acontecer. Bem quando minha irmãzinha Maura nasceu.

 

Sabe quando na nossa vida apareceu um BAM! e tudo muda? Tudo fica de perna pro alto? No meu caso, aconteceram dois desses BAMS! Primeiramente, a morte do meu avô me afetou, pois eu gostava muito dele e mesmo após sua morte, eu ‘sentia’ que ele ainda não tinha saído daquela casa. Meus pais, que até então frequentavam mais a igreja Católica do que o Centro Espirita, começaram a perceber que eu tinha um certo dom de mediunidade. Especialmente quando eu comecei a apresentar sinais de Autismo.

 

Eu sei, eu sei, isso não faz muito sentido, mas calma que eu explico.

 

Depois do nascimento de minha irmã Maura, eu tive um crise séria de ciumes dela e minha mãe decidiu que era bom me colocar no psicólogo o mais cedo o possível. Passei então, a ir todos os Sábados durante seis meses num lugar onde eu ‘ia conversar com uma moça’, como minha mãe dizia para não ter que explicar a história inteira para uma criança de 7 anos de idade. Depois desse período de tempo, parei de ir, pois segundo meus pais, a doutora tinha chegado a conclusão de (ponha entre aspas) eu sentia falta de meu avô. –“

 

Bem… acontece que meus pais mentiram para mim durante vários a nos e eu só fui descobrir nesses últimos meses (quase um ano atrás) que a psicóloga me diagnosticou com Síndrome de Asperger. Isso é muito complicado e eu não quero perder o fio da meada aqui, mas eu aconselho e indico fazer uma ligeira pesquisa sobre o assunto para então entender do que se trata…

 

 

Pronto? Já viu o que esse Sindrome do ‘Aspargo’ significa? Ótimo, partiu continuar a história do Bruxo Marcel, então…

 

Muitas coisais de menor importância aconteceram entre meus 7 e 15 anos, muitas das quais tenho certeza que muitos já devem ter passado. Coisas como ver vultos, saber o que outros estão pensando, ser sensitivo para certas coisas, ter paixões sobre coisas que muitos rotulam como ‘coisa do Capeta’, sabe? Mas, ao meus 15 anos, andando pelas Terra da Internet, eu encontrei uma pessoa que viria a se tornar um espécie de vilão e herói para mim. Esse homem se chama Leonardo Albuquerque! Creio que o Blog dele ainda deva estar no ar, ele se chama “AMP: Aliança Planetária de Mutantes”. Como o nome já diz, ela se tratava de um (vamos dizer) grupo de estudos sobre paranormalidade, criptozoologia and stuff like that, mas para mim isso teve um significado diferente, pois eu fui uma espécie de aprendiz pessoal desse homem Leonardo, ou Leo como eu mesmo o chamava até então.

 

Nessa época, eu estava FAMINTO por conhecimento paranormal e tinha tantas pergunta para fazer que alguma até hoje ainda estão sem respostas e, através desse sistema de ‘pergunta e resposta’ pavimentei meu caminho de evolução espiritual durante alguns anos de minha vida. Não me arrependo das centenas de reais que gastei em Lan Houses para conversar com o Leo, mas algo que me deixou muito triste nesse episódio de minha vida. Logo após a AMP ser formada (sim, eu conheci o Leo antes mesmo dele fundar oficialmente a AMP) eu percebi o tipo de pessoa que o Leonardo era. Não o culpo, não o julgo nem o condeno por agir da maneira que ele agiu, mas de qualquer forma, me senti triste e não gostaria de relembrar do acontecido. Vamos só dizer que ele se mostrou uma pessoa indigna da posição que ele almejava para si próprio, ok?

 

A vida prossegue, o sonho continua vivo, mas o Bruxo não é mais o mesmo. Foi então que, nessa época, eu comecei a ‘sair da Ostra’. Foi uma época em que em TIVE que deixar todo meu antissocialismo de lado e encara a vida como ele é. Sei que estou falando cheio de bordões aqui, mas tudo isso é verdade nua e crua. Foi nessa época que eu comecei a trabalhar, aos meus 18 anos de idade e vi o mundo através de uma perspectiva que nunca tinha chegado nem perto e que me fez ver o mundo (e à minha mesmo) de uma maneira completamente diferente.

 

Meu primeiro emprego foi na Dolly. Se você mora em São Paulo, talvez já tenha ouvido falar nesse refrigerante, creio eu, mas isso não importa agora. E foi lá que eu vi as pessoas que vivem no mundo de verdade, vi o cinismo da religião, vi os ‘pregadores’ da boa nova e vi as mentiras que eles contavam sobre Deus e o Universo. Como um cachorro levando porrada, lati e rosnei para essas pessoas e não foram poucas as vezes que me vi contemplando tudo isso com o coração na mão, mas disso tudo foi que nasci de novo.

Vamos voltar um pouco no tempo agora, certo? Vamos voltar para meus anos no colégio e o que aconteceu lá. Veja bem, eu era um ‘autista’, um cara estranho que usava óculos e camisa dentro da calça, o alvo preferido dos ‘Bullies’. E, é claro, não podia faltar a moça bonita pela qual eu era tão apaixonado, não é mesmo? A rockerinha fofa que se vestia de preto que fez o coração do nerd se derreter e dessa poça de emoções onde meu pobre coração jazia, eu decidi… fazer poemas! Comecei a talhar, malhar e esculpir cada pedacinho de mim mesmo entre letras, linhas, estrofes e personas que eu mesmo criava e segui sendo assim até hoje, aos meu 22 anos de idade. Sete longos anos… sete longos anos, sem duvida…

Foi nessa época que, munido dos conhecimento que colhi com Leo, pudi vislumbrar a magia que existe em todos os lugares da maneira mais crua e nua que eu podia ver. Nas pessoas que me cercavam, nos poemas que eu escrevia, na menina pela qual eu era apaixonado. Não quero entrar em detalhes, pois minha vida é tão tediosa quanto esse texto aqui, quem sabe até mesmo pior do que isso. Então vamos assumir que foi dai que tirei os fundamentos das minhas escolhas futuras. Muitas delas cujos frutos colho hoje.

Pensando bem, há sim um unica coisa que aconteceu nesses tempos de colégio que foi algo semelhante aop que acontece aqui na Oficina das Bruxas. Quando se é sozinho na vida, diferente e execrado da sociedade por ser diferente, você passa a achar que no mundo inteiro só existe alguém como você. E foi nesse época que tive um rampante de clareza mental e pude contemplar como a Vida funciona nesse sentido. Me vi cercados de pessoas que nasceram com certo grau de iluminação espiritual e percebi, pela primeira vez, como nós bruxo e bruxas desse mundo nunca estaremos sós. Sempre haverá um alguém que nos identifica como ‘da mesma raça’. ^_^

Voltando a linha do tempo, eu estava lá: Estarrecido, furiosos e decepcionado com a realidade do mundo. Oh, o que fazer agora?! Eu decidi fazer o que sempre fiz e no que eu sempre fui bom: Mergulhar dentro de mim mesmo. Mas mergulhar fundo mesmo! Sem restrições religiosas, sem paradigmas amorosos ou familiares, sem mentiras nem ilusões!

Até hoje, diante dos Deuses de antigamente que vivem até hoje, diante de Deus Universal e de todas as energias positivas e negativas que formam e regem esse Universo onde vivemos, meu mergulho prossegue indo cada vez mais fundo dentro de mim mesmo. No meio desse mergulho dentro desse abismo sem fim que há dentro de mim, entre imagens e fatos que passaram e nem percebi, entre pessoas cujas marcas ainda jazem em minha alma e entre amores eternamente não correspondidos, descobri as coisas da Vida e do Universo. Me descobri.

Vi eu mesmo como guerreiro, bruxo, poeta.

Me vi como um anjo caido e como o preferido de Deus.

Me vi no meio da guerra com Ares e pedindo sabedoria no colo de Athena.

Me vi me matando e nascendo de novo.

 

Me vi Bruxo.

Completo.”

Marcel M.

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Viu só? Cada um conhece o caminho da magia de um jeito! E você, como foi? Mande um e-mail pra Oficina das Bruxas! O e-mail é: [email protected] .

Existem muitos bruxos solitários por aí que não entendem o que está acontecendo consigo mesmos, não entendem a situação ou mesmo tem medo – sua história de como tudo aconteceu pode ser o que falta para eles!

Estou esperando o e-mail de vocês, ein!

Beijokas!

Rosea Bellator