Santas Bruxas!

santas Bruxas!

Foto: Hospes Luna

Foi lendo livros sobre histórias e depoimentos de bruxas que eu entendi que também tenho asas e posso voar, tão alto quanto eu queira
Que nem sempre viajamos tirando os pés do chão, existem viagens que acontecem num fechar de olhos, em segundos, num expandir de mente e alma
Que toda vida nasce pra ser mágica e assim como as aves, todos temos asas
Asas nos cílios, na imaginação, nos sorrisos, nas lágrimas, nas dúvidas e até nos medos
Nos pés, nos abraços, nas perdas, nas reconciliações, no altruísmo, no perdão…
Eu vi que posso voar recostada num peito desnudo e comendo pipoca numa tarde de chuva
Pisando a areia molhada da praia, deixando o vento alvoroçar meus cabelos e as ondas lamberem de sal o meu corpo que o Sol veio bronzear

Santas Bruxas!

Sentada embaixo de uma árvore no quintal do vizinho depois de saborear frutas roubadas, rindo de como eu nunca quero deixar de ser infantil e tola, apesar de crescer, evoluir pra transcender filosofias e ciências
Olhando um cara corajoso voando de em voo livre, deslizando em ondas gigantes assustadoras ou fazendo altas manobras num skate velho e descalço
Sentindo cheiro de beijo, de café da manhã, do chá da velha curandeira, chorando em frente à televisão assistindo uma comédia romântica que já passou mil vezes na sessão da tarde
Falando ao telefone com um amigo querido que acabou de se casar no exterior e não me jogou o buquê da noiva e nem vai mais voltar

Santas Bruxas[bb]!

Observando como são infinitas as possibilidades de se viajar
De como é estranha a maneira com o simples acalma, consola e outras vezes sacode a acomodação do previsível, dos planos que dão certo
Foi com essa descoberta que eu entendi que as noites não podem ser vividas como o dia
Que a Lua e o Sol representam as partes opostas e complementares que convivem em tudo
São verdades e sonhos divinamente ímpares e pares
Dor e prazer, lamento e certeza, risco e escolha, sombra e luz, morte e renascimento
Passamos frio pra entender da essência das flores de primavera
Da alegria de recomeçar, de entender aqueles sorrisos puros de viver de brincadeira
Brincar de viver junto porque já se conhece a magia da solidão, de mergulhar no escuro de si mesmo
De entender que ser livre, completo, eterno e convictamente tão vago quanto exato
É conhecer milhões de histórias de mitos, santos, mártires, charlatões e deuses e apenas querer[bb] deixar- se batizar pagão!

Santas, oh Santas Bruxas!

Hospes Luna

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* Blog: Monólogo de Dois
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